sábado, 7 de novembro de 2009

Gramática Aplicada da Língua Portuguesa


Manoel P. Ribeiro



TRINTA E QUATRO ANOS DA GRAMÁTICA APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA (1976 – 2010) - 19ª Edição



DE ACORDO COM A NOVA ORTOGRAFIA



Revisada e Ampliada - Centenas de Exercícios



Teoria da Comunicação


Linguística do Texto


Sociolinguística


Estilística


Redação Oficial


Redação argumentativa

Análises de Textos


Semântica


Ortografia


Sintaxe


Morfologia


Fonologia


Questões de vestibulares e do ENEM


Centenas de exercícios



METÁFORA EDITORA – (21) 3273-0862






OBRA:


Um dos mais abrangentes estudos do português do Brasil. São dezoito capítulos em 544 páginas. A obra contém 130 textos para análise e interpretação, incluindo provas para o vestibular e para o ENEM. Apresenta a análise e a história do hino nacional brasileiro.


Há um especial relevo para o estudo da Linguística do Texto, em vários capítulos, com inúmeras questões sobre coesão e coerência. A dissertação argumentativa é estudada em seus variados aspectos. Também se realça a variação linguística, no capítulo sobre Sociolinguística, principalmente nos valores diastráticos (variantes sociais) e diatópicos (variantes regionais). Os capítulos sobre Fonologia, Morfologia, Sintaxe, Ortografia e Semântica são contemplados com lições recentes. Contempla, ainda, o estudo de redação oficial e traz uma listagem de expressões latinas, elementos solicitados em concurso públicos.


Após cada lição, há inúmeros exercícios. O livro de respostas apresenta 96 páginas, o que demonstra a preocupação com a aprendizagem dos inúmeros conteúdos expressos na teoria.


Desde 1976, a gramática aplicada vem sendo ampliada.


Manoel P. Ribeiro é professor universitário desde 1972 e membro efetivo da Academia Brasileira de Filologia (ABRAFIL), acompanhando muitos dos progressos da ciência da linguagem. Por isso o livro vem sendo enriquecido com lições imprecindíveis à compreensão do fenômeno lingüístico.


A linguagem empregada é clara, repetindo-se algumas lições de importância na estrutura frasal do português.


A teoria está centrada em dezenas de autores que trouxeram esclarecimentos notáveis para a descrição gramatical, pois uma gramática normativa, para não ser contraproducente, tem de acompanhar os progressos da lingüística, adverte-nos Mattoso Camara Jr.


O autor, portanto, não se restringiu a repetir lições que precisavam ser revistas. É o caso, por exemplo, do estudo sobre orações subordinadas sem conectivo, cuja solução nos foi dada pelo Prof. Emérito Olmar Guterres da Silveira, catedrático da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A sintaxe serve, neste livro, de base para o domínio do estudo expressivo da língua.


O estudo de formação dos vocábulos é feito sincronicamente e se apóia em pesquisas recentes, principalmente no trabalho do Prof. Horácio Rolim de Freitas, com a obra Princípios de morfologia.


As centenas de exercícios completam a matéria exposta em cada capítulo, tornando o livro muito útil na preparação dos estudantes, em vestibulares ou concursos públicos.

Novamente, em virtude de um número considerável de trabalhos universitários, recentemente publicados, tivemos de ampliar muitas lições. Não se pode negar o imensurável valor dessas pesquisas que vêm engrandecendo a descrição gramatical.







CRÍTICA DA OBRA


P R E F Á C I O


ESTA GRAMÁTICA...

De há muito, acompanho a gramática de Manoel Pinto Ribeiro nas suas sucessivas edições. Em cada uma delas, sempre encontrei coisas novas, fruto do espírito pesquisador do autor, sempre desejoso de uma atualização constante.


O autor prima em buscar onde estiver o que há de mais moderno e recente na teoria gramatical e linguística para oferecer ao leitor.


Mas o que mais me impressiona é que, por ser uma gramática de alto nível, continua sendo um texto que pode e deve ser utilizado pelos alunos do ensino médio e demais estudiosos. Esse é o diferencial desta gramática. Professores, alunos de letras na graduação e pós-graduação terão aqui material de estudo, atualizado e diversificado, num leque de informações, que o autor colheu em diferentes tratadistas, explicando com segurança possíveis conflitos, num trabalho beneditino de preparar os caminhos para compreensão e escolha definitiva.


Os grandes nomes da teoria gramatical, nacional e estrangeira, estão presentes nesta obra, nos diferentes assuntos aí tratados.


Por tudo isso é que se explica a ‘boa fortuna’ das edições anteriores e nos pode dar a certeza desta edição e de outras que virão.


WALMIRIO MACEDO (DA ACADEMIA BRASILEIRA DE FILOLOGIA)


"A Gramática Aplicada da Língua Portuguesa nos apresenta, de modo claro e objetivo, a exposição dos fatos lingüísticos, constantes nos programas escolares.
A experiência da aplicação do livro, junto a alunos do 2.º Grau, sempre se mostrou proveitosa, permitindo alcançar plenamente os objetivos traçados.
Não há dúvidas de que, com o alargamento do número de exercícios, a presente gramática dinamiza o ensino-aprendizagem, facilitando, assim, aos estudantes o processo de conhecimento da língua portuguesa.
Torna-se, nesta edição, melhor um livro que já era muito bom".


Professor DANTON PEDRO DOS SANTOS
Licenciado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
Professor Coordenador de Língua Portuguesa do Colégio ELITE.


"A GRAMÁTICA APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA é obra de imprescindível leitura para professores e alunos, não só pela segurança dos fatos gramaticais, como pela atualização dos conceitos emitidos.
Inúmeras são as inovações introduzidas pelo autor. Destacamos algumas, a título de exemplificação: distribuição dos fonemas pelo grau de apertura; distinção entre flexão e derivação, morfemas categoriais; afixos derivacionais, sob critério exclusivamente sincrônico; conceito funcional de pronome; visão sintagmática dos elementos frasais; aplicação de abundantes exercícios.
O Professor Manoel Ribeiro planejou e executou obra de mérito.
Os leitores saberão aproveitar os ensinamentos nela contidos".


Professor Dr. HORÁCIO ROLIM DE FREITAS
Professor de Língua Portuguesa da Universidade Santa Úrsula e da UERJ
Membro da Academia Brasileira de Filologia


"É uma Gramática Aplicada"; isto significa que compreende a descrição da língua, acomodada ao uso da norma culta. A doutrina vem das mais consagradas fontes; a aplicação reside numa extensa e muito rica modalidade de exercícios de fixação da matéria.
É, pois, um livro vitorioso, que ressalta da relação bibliográfica de manuais escolares; e que exalta o esforço, a sabedoria e ponderação do seu autor, o Professor, Doutor em Letras, Manoel Pinto Ribeiro".


Professor Dr. OLMAR GUTERRES DA SILVEIRA
Títular de Língua Portuguesa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Membro da Academia Brasileira de Filologia


"Prezado Professor Manoel:
Tive o privilégio de ler, ainda no original, esta edição da Gramática Aplicada de Língua Portuguesa, de sua autoria.
Conheço sua gramática, desde que foi dada a lume em 1976, e sempre a indiquei a meus alunos de 1.º e 2.º Grau, com grande proveito para mim e para eles, graças à simplicidade e clareza com que a matéria é exposta.
Nota-se que, nesta edição, você procurou apresentar alguns assuntos não tratados nas edições anteriores e teve o paciente e cuidadoso trabalho de ampliar o número de exercícios na maioria das lições. Dentre esses assuntos, destaca-se a mudança de estruturações frasais, de grande auxílio para o exercício de redação.
Estão de parabéns os professores e alunos, pelos ensinamentos que poderão auferir da nova edição.
Prossiga, Professor-Doutor Manoel, na sua luta pelo ensino da gramática, nas escolas dos três graus, como um dos meios eficazes para o aprendizado do idioma pátrio: não dê ouvidos àqueles que blateram contra esse tipo de ensino.
Embora já afastado do magistério, devido à idade, ainda espero ler e apreciar outros trabalhos seus, tão bem elaborados como este".


Professor ALBERTO BASÍLIO DA COSTA CARNEIRO
Mestre de Letras pela Universidade Federal Fluminense


CONVERSA COM O LEITOR:


Segundo José de Alencar, no Correio Mercantil, de 13.5.1855, “a conversa é uma das coisas mais agradáveis e mais úteis que existe no mundo. A princípio conversava-se para distrair e passar o tempo, mas atualmente a conversa deixou de ser um simples devaneio de espírito. Dizia Esopo que a palavra é a melhor e também a pior coisa que Deus deu ao homem”.

O prezado leitor sabe da importância da palavra em todas as situações por que passamos. Construir um texto, articular um discurso, interagindo com um interlocutor, eis uma tarefa bem complexa.

Na busca de um difícil ideal linguístico, os usuários procuram os diversos manuais para uma adequada orientação. Por isso, este livro vem, há trinta e três anos, buscando descrever o sistema de nossa língua para mostrar ao falante que há um uso diversificado, de acordo com a situação em que se encontre o emissor da mensagem. No entanto, é preciso realçar o papel de cada um na sociedade. “É na linguagem que se refletem a identificação e a diferenciação de cada comunidade e também a inserção do indivíduo em diferentes agrupamentos, estratos sociais, faixas etárias, gêneros, graus de escolaridade”(LEITE & CALLOU, 2002: 7). Por meio da linguagem, uma sociedade se comunica e retrata o conhecimento e o entendimento de si própria e do mundo que a cerca.

Para Eugênio Coseriu, “a língua exemplar confirma a coesão e a individualidade da comunidade correspondente a uma língua histórica e é a expressão mais eloquente da unidade étnico-cultural da comunidade idiomática”. O linguista condena o “liberalismo linguístico” e afirma, parafraseando uma sentença de Ortega: “muito pior do que as normas rigorosas é a ausência de normas, que é a barbárie”.

Neste livro, procuramos verificar todos os recursos de que dispõe nossa língua. Hoje, uma gramática não descreve apenas seu sistema linguístico. Nela estão presentes todos os elementos que levam à construção dos sentidos. Em cada lição, o leitor perceberá a importância do ensinamento para uma abrangência cultural. Os conceitos normativos, dentro do estágio atual da língua, bem como outros que conduzem a um domínio expressivo, estão presentes nesta edição, mesmo com a decisiva influência popular, como ressaltava Machado de Assis.

Os interlocutores, dialogicamente, se constroem e são construídos no texto. A mensagem é vista como uma atividade interativa de produção de sentidos, que se faz com base na organização dos elementos linguísticos na superfície textual e nas suas relações extralinguísticas. Isso requer um conjunto de saberes ou conhecimentos, principalmente de mundo (vivencial e enciclopédico), acumulados pela experiência ou pelo estudo.

Encerramos com um pensamento do primeiro presidente da ABL, mestre na arte de conversar:

“Que multidão de dependências na vida, leitor. Umas coisas nascem de outras, enroscam-se, desatam-se, confundem-se, perdem-se, e o tempo vai andando sem se perder a si”. (Esaú e Jacó)


Manoel P. Ribeiro


LIVRO DE RESPOSTAS DA GRAMÁTICA APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA - 19ª EDIÇÃO – 34 ANOS (1976-2010) DE ACORDO COM A NOVA ORTOGRAFIA



INTRODUÇÃO


Se eu fosse muda, e também não pudesse escrever, e me perguntassem a que língua eu queria pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português. Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse virgem e límpida”.

(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo)

ADVERTÊNCIAS


Como se sabe, a teoria gramatical é, em muitos pontos, controvertida. Por isso, algumas respostas de nosso gabarito poderão merecer uma outra interpretação. Além disso, como é natural, aqui ou acolá pode ter havido senões. Contamos, portanto, com a imprescindível colaboração dos colegas e amigos para a discussão do que for necessário.


Desde a décima edição, temos introduzido lições importantes para o atual estágio da Língua Portuguesa. O estudo do texto foi, sensivelmente, privilegiado. Não existe língua sem literatura. Há um espaço privilegiado para a análise do texto, com noções de linguística textual, matéria de relevância nos estudos de diversos níveis do ensino de nossa língua. Centenas de exercícios completam cada lição.


Procedemos nesta edição a uma reestruturação dos vários capítulos. Entre as alterações, ressaltamos:


1. acréscimo de elementos que vieram enriquecer as informações contidas em edições anteriores;
2. redistribuição de alguns assuntos, para melhor assimilação dos conceitos;
3. os itens sobre Linguística do Texto foram agrupados em um só capítulo, pois é matéria exigida em todas as provas de vestibulares e de concursos públicos;
4. o capítulo sobre variação linguística foi enriquecido em vários pontos;
5. o novo acordo ortográfico é discutido em profundidade, com observações críticas em vários pontos e com exercícios para assimilação das novas regras;
6. são reproduzidas várias provas de concursos vestibulares mais recentes (2008 e 2009);
7. o livro apresenta mais de cem textos para análise e interpretação;
8. o trabalho é direcionado, principalmente, para o Ensino Médio, sendo também utilizado na 9.ª série do Ensino Fundamental, principalmente para turmas dirigidas às escolas militares;
9. em Fonética e Fonologia, apresentamos lições próprias para o Ensino Superior, para maior compreensão do sistema fonológico do português do Brasil;
10. há um capítulo sobre redação argumentativa, além de outro sobre redação oficial;
11. a obra traz um expressivo número de exercícios sobre todos os itens discutidos, com 96 páginas de respostas.


Enfim, acreditamos que se trata de um trabalho abrangente, apoiado em obras de grandes autores brasileiros de renome. Como não podia deixar de acontecer, a teoria de diversos tratadistas da Linguística Geral se acha presente em nosso trabalho, o que assegura um aprendizado mais eficiente do fenômeno linguístico.



INTRODUÇÃO À 19ª EDIÇÃO


A MAGIA DAS PALAVRAS

O termo palavra se põe num vasto campo semântico que contém “numerosas formas de origem religiosa ou jurídica, formas impregnadas de magia e encantamento”, diz-nos Celso Cunha (2004: 221).


A língua portuguesa apresenta, principalmente no português do Brasil, uma riqueza imensurável de vocabulário, com uma constante e dinâmica criação vocabular:


"É no léxico, ainda, que se gravam – e, não raro, pirogravam – as designações que rotulam as mudanças encadeadoras dos caminhos e dos descaminhos da humanidade, além de comporem o cenário de revelação tanto da realidade quanto dos fatos culturais que permearam a sua história”, como nos descreve a linguista Maria Emília Barcellos da Silva (1999:142).

Nas sociedades cultas, a palavra escrita ultrapassa a importância da forma oral: Verba volant, scripta manent (As palavras voam, os escritos permanecem). Na escola, essa ascedência se manifesta. Mas o tempo em sala de aula é insuficiente para um preparo adequado, máxime dos mais carentes. O resultado pelo descaso dos governantes conduz a uma situação de afastamento das mínimas conquistas sociais.


A correção ortográfica, baseada em convenções, torna-se fundamental no ensino escolar. Por haver dois sistemas ortográficos, a língua portuguesa necessitava de uma reforma nesse aspecto. Por isso, em 2009, foi ratificada no Brasil e em Portugal uma pequena renovação no sistema ortográfico, que não interfere nos usos estruturais e lexicais de nossa língua. A unificação era desejada há quase cem anos. Apesar de alguns avanços, perdeu-se a oportunidade de uma simplificação no emprego do hífen, com algumas normas que trazem dificuldades e requerem, ainda, muita memorização.


Hoje, uma campanha radical e absurda, afasta o discente do estudo da língua. Para Antonino Pagliaro (apud BECHARA: 2007: 25), “o valor humano da gramática, antes de ser didático e normativo, é formativo. Ele leva a mente a refletir sobre uma das criações mais importantes e humanamente mais vinculativas....”


Neste livro, damos importância capital a todos os pontos de estudo do português, em nossa variante culta, sem deixar de discutir as diversas modalidades de emprego, em virtude das variedades de uso falado e escrito. Uma gramática tem de levar conhecimentos diversificados ao estudioso; por isso se torna imperioso consultá-la em vários pontos, pois é fonte riquíssima de conhecimento enciclopédico, aquele que se vai acumulando com os ensinamentos da escola e dos livros.


“Torne-se perito no falar porque por esse meio poderá elevar-se. A língua do homem é arma e a fala é mais poderosa que o combate” (frase encontrada no túmulo de um faraó, escrita há três mil anos).


Para José de Alencar, “todo homem, orador, escritor ou poeta, todo homem que usa da palavra, não como de um meio de comunicação de suas ideias, mas como de um instrumento de trabalho, deve estudar e conhecer a fundo a força e os recursos desse elemento da sua atividade”.

Encerramos com as palavras de um apaixonado pela linguagem:


Com a palavra criaram-se e destruíram-se mundos, selaram-se destinos, elaboraram-se ideologias, proferiram-se maldições e blasfêmias, expressaram-se ódios, mas também com ela – e só com ela -, em tantos e tão desvairados povos, falou-se de amor, consolaram-se aflições e elevaram-se preces ao seu Deus. Ela tem sido, através do tempo, a mensageira do bem e do mal, a alegria e da paz (CUNHA, Celso, 2004).


Um comentário:

  1. Meu nome é Patricia sou da UEMS estudante de Letras, eu li trabalho seu sobre As dimensões Sociolinguísticas do Willian Bright. Por favor, gostaria de saber se você teria este artigo e se poderia me enviar por email se não for muito incomodo; estou procurando por toda parte mais não encontrei este artigo do Bright em lugar nenhum.
    De qualquer modo agradeço,
    Patricia

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